sexta-feira, 23 de abril de 2010

Adeus


É exactamente por isto que respiramos… para quando não existir força para viver, de alguma forma, sobreviver!
É verdade… Tu mataste-me e andei todo este tempo a sobreviver. Estava presa a memórias, sensações que nunca antes havia sentido, estava (ridiculamente) condenada a Amar-te.
Mas tu não és nada, tu nunca foste nada. As tuas promessas sempre fora de hora, o príncipe que prometias ser, a felicidade que ainda tinhas para me dar… Palavras atiradas para o ar, num acto de tua parte, inconsciente.
Nunca te importas-te. Olhando para trás, a verdade é que nunca te importas-te. Deixaste-me a respirar, a sofrer da solidão, da angustia, do desespero, do medo… E nunca te importas-te.
As saudades que sinto… A falta que sinto… Não é de ti, é do homem que eu imaginei para mim, e que tu te enganavas todos os dias de ser. Alimentei o erro, a ilusão, de que eras o Homem da minha Vida, tudo porque ainda hoje o meu coração é teu, o estupido do meu coração é teu, tudo porque te amo de uma forma soberba e irreal. E isso sempre me assustou. Isso sempre me fez questionar, isso sempre me fez ter medo. Deste-me (inconscientemente) a maior prova de amor que alguém me podia dar. Levaste-me (inconscientemente) ao cimo da montanha. Fizeste-me (inconscientemente) sonhar.
E eu (pensando ser consciente) deixei-me levar.
Fui prisioneira do nosso (ex) sonho e na verdade, nunca quis acordar. Egoísta. Era egoísta porque só me preocupava com o meu bem-estar. Porque preferia esperar (inconscientemente) por ti.
O amor assusta. O amor faz ferida. O amor deixa sempre marca.
Não sei se inconscientemente ou não, mas tu já foste meu e eu já fui tua. A verdade é que já fomos um só e isso nunca ninguém vai mudar. A verdade é que és realmente muito importante na minha Vida… Não por que eu queira, não porque eu não lute… Mas porque ainda e quem sabe, para sempre, tens/vais ter o teu espaço no meu coração. Não mereces, melhor que ninguém, eu sei que tu não mereces… Mas quando desvendar o mistério do Amor, talvez aí, eu vá compreender.

Saudades minhas…