segunda-feira, 14 de junho de 2010

Tarde demais



Tudo o que devia ser feito e dito não é. Faz-se tudo ao contrário e quando damos por ela, é sempre tarde demais.

Tenho saudades tuas, mas isso é uma coisa que vamos sentir sempre, um pelo outro, não é?

...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Adeus


É exactamente por isto que respiramos… para quando não existir força para viver, de alguma forma, sobreviver!
É verdade… Tu mataste-me e andei todo este tempo a sobreviver. Estava presa a memórias, sensações que nunca antes havia sentido, estava (ridiculamente) condenada a Amar-te.
Mas tu não és nada, tu nunca foste nada. As tuas promessas sempre fora de hora, o príncipe que prometias ser, a felicidade que ainda tinhas para me dar… Palavras atiradas para o ar, num acto de tua parte, inconsciente.
Nunca te importas-te. Olhando para trás, a verdade é que nunca te importas-te. Deixaste-me a respirar, a sofrer da solidão, da angustia, do desespero, do medo… E nunca te importas-te.
As saudades que sinto… A falta que sinto… Não é de ti, é do homem que eu imaginei para mim, e que tu te enganavas todos os dias de ser. Alimentei o erro, a ilusão, de que eras o Homem da minha Vida, tudo porque ainda hoje o meu coração é teu, o estupido do meu coração é teu, tudo porque te amo de uma forma soberba e irreal. E isso sempre me assustou. Isso sempre me fez questionar, isso sempre me fez ter medo. Deste-me (inconscientemente) a maior prova de amor que alguém me podia dar. Levaste-me (inconscientemente) ao cimo da montanha. Fizeste-me (inconscientemente) sonhar.
E eu (pensando ser consciente) deixei-me levar.
Fui prisioneira do nosso (ex) sonho e na verdade, nunca quis acordar. Egoísta. Era egoísta porque só me preocupava com o meu bem-estar. Porque preferia esperar (inconscientemente) por ti.
O amor assusta. O amor faz ferida. O amor deixa sempre marca.
Não sei se inconscientemente ou não, mas tu já foste meu e eu já fui tua. A verdade é que já fomos um só e isso nunca ninguém vai mudar. A verdade é que és realmente muito importante na minha Vida… Não por que eu queira, não porque eu não lute… Mas porque ainda e quem sabe, para sempre, tens/vais ter o teu espaço no meu coração. Não mereces, melhor que ninguém, eu sei que tu não mereces… Mas quando desvendar o mistério do Amor, talvez aí, eu vá compreender.

Saudades minhas…

segunda-feira, 22 de março de 2010



Após tantos meses de luta, após tanto tempo do tudo e do nada, após tantas dúvidas e receios, revoltas e desespero… Tomo hoje a derradeira e valente decisão. Não me despeço de ti. Não digo Adeus… porque depois de tantas despedidas, de tantas quedas e de tantos recomeçares do caminho, percebi que não há despedida. Essa tua forma de jogar na Vida, esse poder viciante que tens sobre mim e essas palavras (curtas e inconstantes, sempre no momento errado) que me fazem chegar ao inicio de tudo, levaram-me para um fundo, o fundo do nada, feito do nada, coberto do nada. És perigoso. E vives num campo de batalha donde jamais eu irei sair. É um labirinto imenso, feito de arbustos com rosas de cor preta e espinhos que doem a cada passo que dou. Não me despeço de ti, porque sei que o teu poder me iria fazer voltar ao inicio de tudo. As promessas que desde sempre fizes-te, mas que nunca cumpris-te, iriam mais uma vez, fazer-te pensar, que sem me tocares, eu era tua. Desde sempre que soube que nunca irias realizar essas promessas, desde sempre que dependia do verbo esperar, como da água para viver. Até um dia, porque ás vezes esperar, além de ser a forma mais cruel de sobrevivência de todos os amantes, torna-se um verbo tão mal conjugado, que se transforma em mera solidão.
Portanto, num silêncio não eterno, mas poderoso despeço-me aqui, só aqui, de ti e de nós. Não sei por onde vou… Simplesmente vou por ai!
Amo-te eloquentemente. Amo-te inexplicavelmente (…) E odeio-me por isso. Odeio-me por sem te tocar, sentir o teu corpo todas as noites, de uma forma que jamais conseguirei explicar. Mas sei que te sinto! Odeio-me por de manha ao acordar sentir o teu cheiro, que em tão pouco tempo, se juntou com o meu numa combinação perfeita e me fez a pessoa mais feliz do Mundo.
No Amor não há barreiras. Nem este mar imenso, nem estas nuvens cinzentas feitas da tristeza dos pássaros perdidos, nem estas estrelas que brilham por Amores Perfeitos (que existem?) acaba com esta dor, esta saudade tua. Este mar que poderia ser o obstáculo, não é. Este céu que envolve o Mundo, poderia acabar com este Amor cego e louco e não acaba.
Que mais poderei fazer? Estás longe de de mim. Mataste-me. Partiste-me o coração. E ainda hoje não o consigo reconstruir.
Não sei quem sou. Ou sou tudo, ou sou nada.
Mas de uma coisa sei: Vou por ai, sem ti.

domingo, 21 de março de 2010




Talvez porque percebi que passado tantos dias, tantos meses, tanto tempo... a única forma de tolerar este divino castigo, é escrever.
Preciso do meu espaço! Escrevo para que me ouça, para que me faça ouvir.


Cristiana/